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Evite o desperdício de Alimentos

Segundo dados da Embrapa, 2006, 2 6,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem o lixo como destino.               Diariamente, ...

domingo, 20 de dezembro de 2015

Desperdícios de Alimentos no Brasil - Informações gerais sobre o desperdício no Brasil


Ana Elisa Feliconio, especialmente para o Sítio do Moinho
Informações gerais sobre o desperdício no Brasil
Atualmente, o Brasil desperdiça cerca de 26,3 milhões de toneladas de alimentos por ano, enquanto uma grande parcela de pessoas passa fome. A quantidade de comida jogada no lixo poderia alimentar mais de 10 milhões de brasileiros diariamente. O desperdício começa na hora do plantio, colheita e armazenamento dos alimentos e continua dentro de casa (Banco de Alimentos, 2006).
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), grande parcela da população brasileira tem o hábito de comprar alimentos in natura (não processados industrialmente), prepara a comida em casa e acaba jogando no lixo cerca de 60% do que compra. Resultado: mais da metade do lixo produzido no Brasil anualmente é composta por restos de alimentos. Isso ocorre porque muitos alimentos são jogados fora sem necessidade. "Talos, cascas e algumas folhas têm o seu valor nutritivo e podem ser aproveitados para fazer boas refeições e bons pratos", recomenda a nutricionista da ONG Banco de Alimentos, Suzete Raimondi (Banco de Alimentos; 2006).
Contudo, o problema não se concentra apenas na ponta da cadeia de produção de alimentos, ou seja, nos consumidores. Estudos mostram que do total de alimentos desperdiçados no país, 10% ocorrem durante a colheita; 50% no manuseio e transporte dos alimentos; 30% nas centrais de abastecimento; e os últimos 10% ficam diluídos entre supermercados e consumidores (Dias,2003).
Em outras palavras podemos dizer que a perda de alimentos é um problema de todos na medida em que ocorre por despreparo tanto de quem trabalha na chamada agroindústria, quanto dos consumidores. No transporte, as bananas, por exemplo, vêm amassadas pelas caixas de madeira empilhadas umas sobre as outras. Nos centros atacadistas, os abacaxis que vieram amontoados nos caminhões continuam amassados nos balcões de venda. Somente nas feiras livres do Estado de São Paulo mais de 1.000 toneladas de produtos alimentícios vão para o lixo todos os dias (Dias, 2003; Mesa São Paulo; 2006).
Para o agrônomo Alfredo Tsunechiro, do Instituto de Economia Agrícola , falta planejamento na produção, na compra e no consumo de alimentos. Nas feiras, por exemplo, diz Tsunechiro, o problema é a falta de modernização. Elas são instituições antigas e ainda compram de intermediários. Se o abastecimento ocorresse direto do produtor, seria mais fácil ter quantidades menores, o que reduziria a perda(Jornal da Tarde, 2001).
A falta de planejamento e o inchaço da cadeia de comercialização, com a inserção de muitos intermediários entre o produtor e o consumidor final faz com que apenas na produção de frutas (30 milhões de toneladas por ano), o desperdício varie de 20% a 35%, enquanto que no segmento de hortaliças (27 milhões de toneladas por ano) as perdas oscilam entre 20% e 50%. Ou seja, apenas para esses produtos o desperdício pode chegar a 48,9 milhões de toneladas por ano ( FGV/Banco de Alimentos; 2006).
Vale ressaltar que também existem iniciativas para combater o problema e ao mesmo tempo colocar comida no prato de quem está com fome. São iniciativas importantes, realizadas por organizações não-governamentais (ONGs), governos e entidades como o Serviço Social do Comércio (Sesc). O trabalho consiste basicamente em recolher as sobras de comercialização em empresas, sacolões, mercados municipais, padarias e centrais de abastecimento, e depois, selecionar estes alimentos para distribui-los nas entidades sociais. São produtos bons para o consumo e inadequados para a venda, como frutas com pequenas manchas e massas que ficaram fora do padrão da embalagem (Bello, 2002).
O trabalho dessas entidades possui o mérito de minimizar as distorções da perda de alimentos e principalmente o de dar visibilidade ao problema, estimulando a multiplicações de outras iniciativas no país, que atendam as especificidades de cada região. Entretanto, isoladamente as instituições não conseguem tocar em uma das principais causas desse problema: o modelo dominante de produção agropecuária e distribuição de alimentos, que da maneira como se caracteriza, perpetua a cultura do “esbanjamento” e da “destruição” tanto de recursos naturais, quanto das próprias safras.

Fonte Adaptada: http://www.sitiodomoinho.com/organicos/textos-e-publicacoes/16-desperdicios-de-alimentos-no-brasil-um-problema-de-todos 

Um comentário:

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